sábado, 13 de junho de 2009

Curtas: Gordine


Fundada em 26 de abril de 1952, a Willys-Overland do Brasil obteve licença do governo para, no final de 1958, fabricar o Dauphine no Brasil. Em outubro de 1959, com investimento de 12 milhões de dólares na época, a empresa americana e a Renault, dona da marca, apresentaram o carro oficialmente. Idealizado pelo francês Amédée Gordini, chegou para competir com o DKW-Vemag e o velho Fusca, sucesso absoluto na época. O modelo brasileiro era muito semelhante ao original francês, com alguns detahes distintos como capô, faróis e para-choques. O desempenho do carro era modesto, porém aceitáveis para seu tempo. Com peso de 650kg, tinha certa agilidade no trânsito, porém para chegar a 100km/h eram necessários 30s, e sua máxima era de 115km/h. Pouco para um carro tão pequeno. O forte do motor era o consumo, chegando a rodar 15km/l, e em 1962 foi lançado um motor um pouco mais potente, de 32cv a 5200 rpm, que chegava a 40cv brutos, alcançando mais de 120km/h, o que deixava o Fusca para trás, não alcançando, entretanto, a durabilidade do concorrente. A popularidade do VW e certa maldade na época chegaram a compará-lo a um leite em pó solúvel, cujo comercial dizia: "desmancha sem bater". Outras versões foram lançadas, como o esportivo 1093 que tinha motor de 42cv, ruído característico, suspensão rebaixada e pneus radiais, além da versão econômica, apoiada pelo governo, mas que não evitaram a suspensão de sua produção em 1968, com 74.620 unidades vendidas, e a venda da fabricante para o grupo Ford, que passaria a comercializar o Corcel. Muito interessante o comercial da época, onde um garotinho, tirando sarro do amiguinho, afirma que "o carro da mamãe é mais bonito". Confira:


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