quarta-feira, 29 de julho de 2009

DKW - Parte II - Vemaguet

De 1956, ano em que foi produzida, a 1961 esta simpática perua produzida no Brasil pela Vemag não tinha nome. Seu primeiro apelido foi "risadinha", pelo formato da grade dianteira, e finalmente em 1961 o nome Vemaguet. Seu primeiro modelo saiu da fábrica do Ipiranga, em São Paulo, com 60% de nacionalização e teve a presença do então presidente da República, Juscelino Kubitschek. Durante sua vida recebeu as mudanças realizadas pela Vemag em seus carros, acompanhadas de empolgadas campanhas publicitárias, que não poupavam elogios e informações como a de que possuía o maior porta-malas entre todos os carros fabricados no país, e que rebatendo o banco traseiro ganhava-se mais 2,2 metros quadrados de espaço. Seu câmbio era em cima, acoplado ao volante, e foi "copiado" no início dos anos 90 pelo Fiat Pálio, pelo Corsa da GM e pelo Mercedes Classe A, sem o mesmo "sucesso", obviamente. Foram produzidos modelos populares financiados pela Caixa Econômica, que ficaram conhecidos como "depenados", devido a retirada de alguns itens para baratear os custos de produção. Alguns modelos ficaram marcados como característica da marca, como os revestimentos internos na cor vermelha. Ao todo a Vemag produziu cerca de 48 mil peruas nos 11 anos de fabricação, e em seu derradeiro modelo, com faróis duplos e a grade reestilizada, também ficou conhecida como "gargalhada". Acompanhe uma matéria do Auto Esporte com uma Vemaguet "Gargalhada" e veja a "imitação" do Mercedes Classe A que não deu certo.
http://www.youtube.com/watch?v=OOFzIhN5PiE

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Karmann Ghia - Parte II


Um dos maiores clássicos da indústria automobilística, e um dos meus preferidos, esse modelo da foto estava em Águas de Lindóia em abril deste ano. A história da empresa e do carro já foram resumidas aqui neste blog (a minha primeira postagem) e agora exponho esse de verdade, pois aquela foto da primeira vez é minha miniatura. Sucesso entre os colecionadores e admiradores de carros antigos, é muito valorizado também. Lembro que em 1998 meu pai (de novo meu pai) teve um modelo TC vermelho. O carro estava meio ruinzinho, mas quando eu ia pro curso que eu fazia na época à noite era sucesso garantido. Muitos pediam carona só pra andar no TC. Onde eu parava todos olhavam, era muito bacana. Por sorte, hoje posso ter meu próprio Karmann Ghia. Miniatura, claro.
Veja vídeo de restauração de um modelo:

sábado, 11 de julho de 2009

Curtas: Ford Corcel I

Apresentado ao público de São Paulo em 1968 no VI Salão do Automóvel, já no Anhembi, o Corcel I, como ficou conhecido depois do lançamento do Corcel II, teve grande aceitação do consumidor. Em 1969 as vendas já atingiriam 50 mil unidades. O carro trouxe algumas inovações tecnológicas ao Brasil, como circuito selado de refrigeração, coluna de direção bipartida e um sistema bem mais moderno de tração dianteira, o que dava ótima estabilidade e boa adaptação ao solo brasileiro. O projeto original pertencia à uma parceria da Willys com a Renault, e quando a Ford comprou os direitos da Willys ficou o projeto. Ao longo de sua vida, entre 1968 e 1977 (depois viria o Corcel II) o carro teve várias reformulações importantes. O modelo GTXP era autamente esportivo, com capô pintado de preto fosco (isso em 1971), teto em vinil, faróis de longo alcance, painel com instrumentação completa e motor de 1.3l e 1.4l de potência, o que permitia ao carro chegar aos 100km/h em 17 segundos e atingir a máxima de 150, ótimo número pra década de 70 e o que deixava seus concorrentes diretos para trás.

Veja no programa Auto Esporte uma coleção de 18 Corcel I, no Ceará. Sensacional.
http://www.youtube.com/watch?v=gKd7DxMZTFs
Confira comercial do carro em 1970:
http://www.youtube.com/watch?v=iUQj903z76Q

domingo, 5 de julho de 2009

Curtas: Chevrolet Veraneio


Fabricada no Brasil entre 1964 e 1994, a Veraneio foi um utilitário de muito sucesso principalmente por sua utilização como viatura de ambulância e também de polícia. Seu modelo é semelhante ao Chevrolet Suburban americano, e teve as seguintes versões: C-1416, Amazonas, Passo Fino, Mangalarga, Bonanza, Veraneio M e Grand Blazer. Acomodava tranquilamente 8 pessoas, e foi muito utilizada para a diversão e viagens familiares, sendo projetada especificamente para o mercado brasileiro. O câmbio era de três marchas e ficava acoplado ao volante, seu motor levava o pesado automóvel de 1850kg aos 100km/h em 21 segundos, com máxima de 138km/h. Apesar de sua simpatia atualmente, o carro ficou estigmatizado por ser utilizado como camburão na época da ditadura brasileira inclusive para perseguições, pois apesar do peso, seu motor era muito confiável, seu câmbio longo exigia poucas mudanças, sua direção e sua suspensão eram ótimas e maleáveis, chegando a "varrer" as ruas com a traseira em curvas mais rápidas, daí sua frequente utilização pela polícia. Em sua "homenagem", o grupo Capital Inicial lançou a música Veraneio Vascaína, que inclusive foi censurada para venda para menores de 18 anos. De autoria de Renato Russo e Flávio Lemos, era originalmente do repertório do Aborto Elétrico, ficando com o Capital Inicial depois da separação, fala da lendária viatura policial preta e branca, vermelha e cinza, que eram as cores da polícia militar e do escudo do clube carioca Vasco da Gama, daí o nome.
Imperdível:
Vídeo, Aborto Elétrico ao vivo cantando a música:
Confira mais sobre Veraneio e entrevista de Renato Russo sobre a música:
Vídeo, comercial da linha Chevrolet em 1975:
Fontes: