domingo, 3 de maio de 2009

Kombi

Poucos automóveis na história podem se dar ao luxo de completar 50 anos de vida em plena atividade. Idealizada na década de 40 pelo holandês Ben Pon, sua idéia era unir a mecânica eficiente do Fusca em um veículo de carga. Surgia assim, em 1947, a Velha e conhecida Kombi, nome herdado de Kombinationfahrzeug, que quer dizer "veículo combinado" ou "veículo multi-uso". Sua produção na Alemanha começaria em 1950, sendo atingida a marca de 100.000 unidades vendidas em 1954. De característica versátil, sua carroceria foi (e ainda o é) utilizada como picapes, furgões, ambulâncias, correio, transportadoras dos mais variados objetos, como cervejas, leites, frutas, legumes, e também utilizada para camping ou comércios volantes. No Brasil sua produção começou em 1957, em meio às obras da fábrica de São Bernardo do Campo, na via Anchieta, que seria inaugurada dois anos depois. Na década de 60 a produção nacional já atingia 95% do veículo, com versões Furgão, Standard, Especial e Turismo. Mundialmente, em 1962 atingiria a marca de 1.000.000 de veículos produzidos, alcançando sua fama internacional. Reestilizada e com motor mais potente na década de 70, surge o modelo Clipper, em 1976, com parabrisa único e dupla carburação, e em 1980 ganha a versão a diesel (refrigerada a água) e a álcool. Novos modelos foram incorporados no mercado, como a picape e a furgão com cabine dupla, até chegar aos modelos atuais, com motores mais modernos e econômicos, e com mais conforto interno. Historicamente, a Kombi presenciou o nascimento da bossa nova, protagonizou o movimento hippie dos anos 60, acompanhou a ditadura e viu renascer a democracia brasileira, comemorou todas as Copas do Mundo conquistadas pela Seleção Brasileira e ainda hoje nos acompanha. Veja o imperdível comercial da Kombi de 1967:
http://www.youtube.com/watch?v=zZzuo7wWd1E


Filmes com a Kombi:


Cidade de Deus (Brasil, 2002)
Tropa de Elite (Brasil, 2007)
Flashdance (EUA, 1983)
Cazuza, O Tempo Não Pára (Brasil, 2004)
Meu Nome não é Johnny (Brasil, 2008)
Bye, Bye Brasil (Brasil, 1979)
Ilha das Flores (Brasil, 1989)
Cidade dos Homens (Brasil, 2003)
Armados e Perigosos (EUA, 1986)
Diamente de Sangue (EUA, 2006)

Fontes:
www.vw.com.br/kombi50anos
http://www.imcdb.org/

2 comentários:

  1. Sou um admirador ferrenho de Kombi. Acho que esse é um dos poucos veículos que denotam estilo mesmo sem precisar de glamour (o outro é o fusca). Quanto a sugestões, lá vão as minhas: o próprio fusca e o Simca Charmbord (não sei se é assim que se escreve), eternizado na música do Camisa de Vênus.
    Agora vai outra dica:
    Porque você não começa a produzir crônicas ou até mesmo contos que tenham como tema central os carros ou situações vividas com o carro como pano de fundo. Seria bem legal também esse tipo de material

    Abração

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  2. Eu chegei a ver uma Kombi ano 1950 na exposição de Aguas de Lindóia , era a coisa mais linda,e estava vendendo , e só para constar tem um epsódio entitulado Triângulo de Arquivo X que os cavaleiros solitários aparecem usando uma Kombi.abraço e parabéns pelo blog, esta cada dia melhor.

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